domingo, 2 de julho de 2017

A Igreja admite rapazes com tendência homossexual nos seminários?


Em primeiro lugar, nossa equipe agradece com muito carinho a um reitor que nos ajudou. Ele prefere ficar anônimo, até porque o que a "mão esquerda faz, a direita não precisa saber" (Mt 6, 3). Foi realmente uma grande graça para nosso trabalho. Um bispo brasileiro da Santa Igreja, muito conhecido por sua ortodoxia, declarou o seguinte quanto ao texto abaixo: "Pareceu-me ponderado o artigo. Mas como entra muito o elemento subjetivo, vai depender dos que vão discernir e do próprio interessado".

O tema desse artigo é extremamente polêmico e, ao mesmo tempo, sua urgência está mais do que provada. Os escândalos que ocorrem dentro da Igreja são uma ferida aberta, cujo sangue está se transformando num rio caudaloso. Talvez com isso em mente, no ano de 2005 a Congregação para a Educação Católica editou uma Instrução sobre os “critérios de discernimento vocacional acerca das pessoas com tendências homossexuais e da sua admissão ao seminário e às ordens sacras” que pode ser lida aqui. Hoje é a Congregação para o Clero quem tutela os seminários que, basicamente, repetiu a Instrução (clique aqui). Do ponto de vista jurídico-canônico, a Instrução tem "força de lei", obriga aos seminaristas e às autoridades.

Caso o leitor queira enfrentar a questão da homossexualidade à luz da fé cristã, recomendamos de antemão as seguintes obras: “Homossexualidade - um guia de orientação para os pais” (Joseph Nicolossi); “A luta pela normatização sexual” e “Homossexualidade e esperança” (Gerard Van A.) e o material do Apostolado Courage (www.couragebrasil.com) que se encarrega de cuidar das pessoas com atração pelo mesmo sexo. 

Nosso propósito é cotejar algumas luzes sobre se haveria alguma exceção à Instrução mencionada. Em outras palavras, se, no plano teórico, a Igreja afastou de uma vez por todas quaisquer possibilidades de homens com tendências homossexuais receberem as ordens sacras (diácono e/ou padre). A resposta é não. Isso significa que a Igreja “abriu as portas”? Também não. A virtude está no meio e, acreditamos, essa máxima se aplica a esse tema. 

A Instrução ao tratar da discriminação injusta no ponto 2, conduz-nos, a contrario sensu, à discriminação justa. É o exemplo dos casais de segunda união que estão afastados da comunhão eucarística por causa do adultério, se praticam atos sexuais. Tal condição não é permanente, se assumirem o matrimônio josefino, podem voltar à vida sacramental. Eles são discriminados (tratados de forma diferente), mas por uma razão justa (pecado grave público e notório e, “encontra-se sem dúvida em contradição com a clara exigência de Jesus sobre a indissolubilidade matrimonial” no §270 do Youcat).

A Igreja afirma que não devem ser admitidos às ordens sacras os homens que:

a) tenham tendências homossexuais profundamente radicadas (enraizadas);

Obs. São Paulo chega a dizer que os efeminados não herdarão o Reino dos Céus (1Cor 6, 9).

b) tenham tendências homossexuais e praticam a homossexualidade;

c) tenham tendências homossexuais e apóiam a chamada cultura gay.

“Estas pessoas encontram-se, de fato, numa situação que obstaculiza gravemente um correto relacionamento com homens e mulheres. De modo algum, se hão de transcurar as consequências negativas que podem derivar da Ordenação de pessoas com tendências homossexuais profundamente radicadas.”

No entanto, ficam de fora deste juízo os homens com tendências homossexuais que “sejam apenas expressão de um problema transitório como, por exemplo, o de uma adolescência ainda não completa, elas devem ser claramente superadas, pelo menos três anos antes da Ordenação diaconal” e, CONFORME NOSSA INTERPRETAÇÃO, os homens com tendências homossexuais que não sejam profundamente radicadas (enraizadas), nem apoiem a cultura gay e/ou pratiquem a homossexualidade.

Em miúdos, de acordo com nosso entendimento, a Instrução não fechou a porta de vez para seminaristas com tendências homossexuais nos dois grupos acima. No primeiro caso, trata-se de mais uma confusão sobre sua sexualidade, comum em alguns rapazes na infância e adolescência, em que a afetividade não amadureceu completamente. Com as leituras dos livros referidos acima essa dificuldade pode ser melhor trabalhada. No segundo caso, exige-se mais rigor na investigação e na avaliação.

A grande dificuldade reside em: o que é uma tendência homossexual não profundamente radicada? Não existe uma resposta abstrata e pronta. É preciso apurar caso a caso, levando em conta a trajetória de cada candidato. Mas a Instrução nos deu uma via mais asfaltada, qual seja:

“Não se pode esquecer que o próprio candidato é o primeiro responsável da sua formação. [21] Ele deve apresentar-se com confiança ao discernimento da Igreja, do Bispo que chama às Ordens, do reitor do Seminário, do diretor espiritual e dos outros educadores do Seminário a quem o Bispo ou o Superior Geral confiaram a formação dos futuros sacerdotes. Seria gravemente desonesto que um candidato ocultasse a própria homossexualidade para aceder, não obstante tudo, à Ordenação. Um procedimento tão inautêntico não corresponde ao espírito de verdade, de lealdade e de disponibilidade que deve caracterizar a personalidade daquele que se sente chamado a servir Cristo e a sua Igreja no ministério sacerdotal.”

Em outras palavras, o seminarista precisará abrir o jogo com as autoridades responsáveis sobre sua tendência homossexual para que elas avaliem se é profundamente radicada ou não, de preferência deveria fazer isso sob segredo de confissão. É um dever imposto pela Igreja, tem que dizer a verdade nessa matéria. Com isso, ele estará sujeito a muitos riscos e precisará pagar o preço de ser franco, verdadeiro. Pode ocorrer o seguinte:

a) Ser desligado do Seminário.

Obs. As autoridades podem considerar esse um terreno pantanoso demais para ser cultivado, tanto por despreparo quanto por conveniência de concentrar-se nos candidatos plenamente heterossexuais;

b) Sofrer alguma espécie de assédio moral que pode descambar para algo mais grave.

Obs. Nessa infeliz situação, o único caminho possível é o próprio seminarista pedir o desligamento e procurar outro seminário.

c) Receber terapia no sentido de “aceitar sua homossexualidade”.

Obs. Como os seminários estão infestados pelo “psicologismo” (não se nega o valor do acompanhamento psicológico, critica-se aqui a supervalorização desse recurso). No livro “Adeus, homens de Deus”, Michael Rose traz o exemplo do prejuízo espiritual e financeiro (se mexer no bolso, o bispo/reitor dará importância?) que os consultórios psicológicos causaram a dezenas de dioceses nos Estados Unidos com o lobby gay realizado por psicólogos, excluindo os candidatos heterossexuais por “homofobia” e exaltando os homossexuais com vida sexual ativa e/ou com tendências profundamente enraizadas.

Se levarmos em conta que a terapia de reversão da homossexualidade não pode sequer ser discutida no nosso país, é sinal de que a situação no Brasil é pior que nos Estados Unidos que a admite. Há menos liberdade acadêmica e profissional no Brasil nesse ponto do que nos Estados Unidos (leia o livro “Homossexualidade - um guia de orientação para os pais” de Joseph Nicolossi).

Não estamos defendendo nesse artigo uma “saída do armário”. Isso não existe entre os cristãos autênticos, até porque “quanto aos atos, ensina que, na Sagrada Escritura, esses são apresentados como pecados graves. A Tradição considerou-os constantemente como intrinsecamente imorais e contrários à lei natural. Por conseguinte, não podem ser aprovados em caso algum”. E inclusive quanto à tendência homossexual em si, não seria prudente torná-la pública, uma vez que acarretaria uma série de dificuldades para viver a continência, ainda mais num mundo neopagão/pós-cristão.

É importante relembrar a palavra da Igreja sobre a homossexualidade:

"A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atracção sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (103) a Tradição sempre declarou que «os actos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados» (104). São contrários à lei natural, fecham o acto sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afectiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados" (§2357, CIC)



"Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objectivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição" (§2358, CIC)



"As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã" (§2359, CIC)

O YOUCAT (Catecismo Jovem) também traz duas notas:

"65. E as pessoas que se sentem homossexuais?

A Igreja crê que a homossexualidade não corresponde à ordem da Criação na qual foram delineadas a necessidade do complemento e a atracção mútua entre homem e mulher, com vista à geração dos filhos. Por isso, a Igreja não pode aprovar práticas homossexuais. No entanto, ela deve respeito e amor a todas as pessoas, independentemente da sua orientação sexual, porque são todas respeitadas e amadas por Deus. [2358-2359]

Todo o ser humano que existe na Terra provém da união de uma mãe e um pai. Por isso, para algumas pessoas orientadas sexualmente é uma experiência dolorosa não se sentirem eroticamente atraídas pelo sexo oposto e terem de sentir, numa união homossexual, a falta da fecundidade física, como é próprio da natureza do ser humano e da divina ordem da Criação. Frequentemente, contudo, Deus chama a Si por vias inusitadas: uma carência, uma perda ou uma ferida - assumida ou aceite - pode tornar-se um trampolim para se lançar nos braços de Deus, aquele Deus que tudo corrige e Se deixa descobrir mais como Redentor que como Criador".

"415. Como a Igreja julga a homossexualidade?

Deus criou o ser humano homem e mulher, e corporalmente determinou um para o outro. A Igreja acolhe sem reserva as pessoas que se sentem homossexuais e rejeita qualquer forma de discriminação. Simultaneamente, afirma que as formas de encontro sexuais entre pessoas do mesmo sexo não correponde á ordem da Criação".

Em suma, a tendência homossexual NÃO É, na dicção do Catecismo, pecado. Trata-se de uma desordem objetiva, porque a ordem natural seria que um homem se sentisse atraído por uma mulher e vice-versa. Cuidado para que a atração pelo mesmo sexo não leve a pensamentos impuros e, em seguida, à concordância com esses pensamentos, o que já constituiria pecado grave, inviabilizando a comunhão eucarística, sob pena de se tornar réu do Corpo do Senhor.

Mais uma nota. A tendência homossexual reside em MÚLTIPLAS CAUSAS, o que a torna muito complexa. GERALMENTE, muitos homens tiveram traumas em relação a seus pais ou a figuras masculinas que fizeram as vezes, o que atrapalhou seu pleno desenvolvimento psicoafetivo. 

A tendência homossexual, na lição de Nicolossi, é um estado de infantilização a depender do grau (o desenvolvimento psicoafetivo ficou estagnado). Se ESTÁ homossexual, não se É homossexual, isto é, não se explica a questão só por aspecto biológico ("nasceu assim" etc.), embora a carga hormonal, por exemplo, pode interferir em elementos extrínsecos. Por esse motivo, preparamos um tutorial de como os pais podem ajudar seus filhos a se integrarem a seus corpos.

Se a tendência homossexual afeta a própria visão da figura masculina, distorcendo-a, além de ser também um estado de infantilização a depender do grau, fica mais claro o que a Instrução esclareceu a seguir:

“Por isso, o candidato ao ministério ordenado deve atingir a maturidade afectiva. Tal maturidade torna-lo-á capaz de estabelecer uma correcta relação com homens e com mulheres, desenvolvendo nele um verdadeiro sentido da paternidade espiritual em relação à comunidade eclesial que lhe será confiada. [7]

Em resumo, nos termos da Instrução, a regra é que não se admite nos três casos explicados. Excepcionalmente, se for uma tendência homossexual transitória, reversível, para a heterossexualidade. Quem fizer uma interpretação restritiva/estrita, dirá que o caminho se encerra aqui, porque a Instrução pede que em caso de tendência homossexual transitória até pelo menos três anos antes da Ordenação tudo esteja resolvido.

Porém, CONFORME NOSSA LEITURA (não só terminológica como também da própria realidade eclesial), há uma brecha para os homens com tendências homossexuais não profundamente radicadas, DESDE QUE:

a) Contem ao reitor e ao diretor espiritual a respeito que avaliarão o grau;

Obs. Não existe uma régua ou medidor, observa-se o todo... o rigor terá que ser aumentado proporcionalmente com a dificuldade em se verificar esse ponto. Recomendamos que isso seja feito sob segredo de confissão, embora a Instrução excepcione que o diretor espiritual, "apesar de estar vinculado pelo segredo, ele representa a Igreja no foro interno. Nos colóquios com o candidato, o director espiritual deve recordar, nomeadamente, as exigências da Igreja acerca da castidade sacerdotal e da maturidade afectiva específica do sacerdote, e também ajudá-lo a discernir se tem as qualidades necessárias. [20] Ele tem a obrigação de avaliar todas as qualidades da personalidade e assegurar-se de que o candidato não apresente distúrbios sexuais incompatíveis com o sacerdócio. Se um candidato pratica a homossexualidade ou apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas, o seu director espiritual, bem como o seu confessor, têm o dever, em consciência, de o dissuadir de prosseguir para a Ordenação".

b) Procurem atingir a maturidade afetiva;

c) Vivam castamente, tanto no corpo (físico) quanto na alma (mental);

d) Alimentem-se de livros que podem ajudar a corrigir o modo como enxerga a si mesmo e aos outros homens.
Obs. Recomendamos o tratado de josefologia do Cardeal Lépicier: São José, esposo da Santíssima Virgem; as seguintes aulas do Pe. Paulo Ricardo: qual é a missão de um pai? (clique aqui); Crise da paternidade (clique aqui); Crise de masculinidade parte 1 (clique aqui) e parte 2 (clique aqui). Esse artigo resume bastante o debate: por que os homens  não querem saber de Cristo?

Lembrando que “não admitir às Ordens aquele que não tem as qualidades requeridas não é uma injusta discriminação”, posto que “o simples desejo de ser sacerdote não é suficiente, e não existe um direito de receber a sagrada Ordenação. Compete à Igreja, na sua responsabilidade de definir os requisitos necessários para a recepção dos Sacramentos instituídos por Cristo, discernir a idoneidade daquele que quer entrar no Seminário, [12] acompanhá-lo durante os anos da formação e chamá-lo às Ordens sacras, se for julgado possuidor das qualidades requeridas. [13]”.


Um membro do Courage escreveu um artigo acerca da AMS e vocação sacerdotal que vale a pena ser lido, apesar de divergir de nossa interpretação. Clique aqui antes de prosseguir com as dicas práticas abaixo:


1. Se você entende que sua tendência homossexual não é profundamente enraizada e sente o desejo de ingressar no seminário, nosso conselho é ESPERE no caso de ser ainda um jovem (de 16 anos em diante). 

Obs. Amadureça mais sua personalidade. Viva melhor o celibato e uma castidade mais perfeita (se tem problemas com pornografia e/ou masturbação, confira o curso gratuito a respeito). Cresça mais, inclusive para ser "forte e corajoso" como Josué para evitar quaisquer investidas dentro do seminário. Se for vulnerável ou aparentar sê-lo, tornar-se-á presa dos lobos. E como irá contra-atacar? Talvez aceite até ser molestado para cumprir seu desejo de agradar a Deus, o que seria um completo absurdo. Deus exige de TODOS uma pureza cada vez mais perfeita, os casados não estão excluídos desse chamado QUE FOI REFORÇADO (Mt 5, 28), pelo fato de que os PUROS verão a Deus (Mt 5, 8).

Obs 2. Nosso Senhor disse que o "Reino dos Céus é dos violentos" (Mt 11, 12), dos que fazem violência contra o pecado. A luta maior pela castidade será contra sua própria carne fraca (Mt 26, 41). Não se esqueça dos outros dois inimigos: Satanás e o mundo. A sua luta e coragem em ser santo iluminará o caminho de tantos outros que vivem na sombra da morte (Mt 4, 16). Acha que está sozinho? Assista ao filme "Desejo pelas colinas eternas" para descobrir (clique aqui)

Obs 3. O seminário menor para essa faixa etária PODE SER uma escola para jovens confusos, desde que seja feito um acompanhamento global (reitor, pais, amigos etc.). Com a ressalva de que fica a critério dos pais, em que ambos precisam estar informados sobre a tendência homossexual do filho para julgarem a questão de permitir ou não a ida ao seminário menor (a mãe não pode decidir sozinha). Muito... muitíssimo cuidado com psicólogos que podem tentar fazer com que seu filho "internalize" sua homossexualidade e depois passe a exercê-la "sem remorsos". Os pais com filhos nesse estado precisam ser os formadores por excelência, precisam estudar mais e a bibliografia recomendada no blog é o primeiro passo. "Virgindade e celibato hoje" de Amedeo Cencini é outra sugestão de leitura.

2. Se você é mais velho e já está vivendo dessa forma há algum tempo, talvez seja hora de colocar a cara à tapa. 

3. Se não der certo o caminho para o sacramento da ordem, não se esqueçam de que existe o laicato consagrado, em que você poderá também ser todo do seu amado e Ele todo seu (Ct 6, 3). Afinal, Ele é o belíssimo Esposo da sua alma.


Peçamos a caridade de que nos enviem mais elementos para a mudança de nosso juízo, se considerarem que nos equivocamos.

Que São José, modelo sublime de castidade viril, interceda por nós para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Ps.: O Courage publicou um testemunho que vale a pena ser lido, ainda que destoe de nossa posição, fizemos questão de republicá-lo em nosso blog para aprofundar o debate (clique aqui). 

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