quarta-feira, 7 de junho de 2017

Como educar um menino para ser integrado ao seu corpo?

A Equipe do Raio Catolizador elaborou um passo a passo sobre educação familiar. Pedimos que compartilhem com o máximo de pessoas que puderem, em todos os grupos, em todo lugar! Precisamos encher o Facebook.

DICAS PARA OS PAIS - COMO SEUS FILHOS PODEM SER PLENAMENTE INTEGRADOS COM SEU CORPO?



1- A masculinidade é conquistada.

Essa é a premissa fundamental. Isso quer dizer que ninguém nasce homem da noite para o dia. O sexo predispõe, mas se o ambiente não cooperar, o filho pode desenvolver algumas desordens sexuais.

2- Ame seu filho com palavras e gestos.

A nossa cultura reprimiu a manifestação de emoções por parte dos homens. É o que sintetizaram com "homem não chora". Essa repressão fez com que os homens ficassem retraídos e deprimidos por não poderem abrir seu coração e falar abertamente sobre seus sentimentos. Se o fizer, será considerado efeminado. Acontece que como seres humanos somos feitos de razão e emoção. Se negarmos isso, os danos serão muito maiores. Um pai precisa amar seu filho com palavras (Papai te ama!) e gestos (beijos, abraços, brincadeiras etc.). Não adianta colocar só feijão na mesa. Mesmo que você, pai, trabalhe muito duro e fique exausto, terá que dedicar um tempo para tocar seu filho, beijá-lo, abraçá-lo etc. Se você não fizer isso, quando ele crescer, a chance de querer buscar isso em outro homem é muito alta e isso será erotizado (buscará afeto com o sexo e não ficará satisfeito). Não pense que esses toques terminam na fase infantil. Precisam se prorrogar mesmo que seu filho seja adulto.

3- Participe da vida do seu filho.

Procure saber como foi o dia dele na escola. Deixe que ele fale a você o quê tem vivido. Assim confiará em você e poderá abrir o coração sem medo. Jamais o censure gravemente como "você é um babaca, por que deixou fazerem isso?", "você é um banana!" etc. Corrija com firmeza, mas sem se irritar. Isso é errado, isso não pode ser feito assim etc. Se o seu filho for muito curioso, explique as razões do erro. Quanto à educação sexual, que é um tema mais complicado, recomendo o livro do João Mohanna citado abaixo. Mas, em poucas palavras, diria o seguinte: Seu filho com 7 anos de idade não é um ator pornô. Logo, não adianta ensiná-lo a masturbação e enchê-lo de pornografia. O desejo sexual começa mais tarde. Vá explicando esses assuntos de acordo com a curiosidade dele. Aqui a religião tem uma importância relevantíssima na formação dos valores morais atrelados ao sexo, quando responde a finalidade do sexo, o porquê dele existir etc. A ciência só constata que existe e diz como funciona. A religião mostra a finalidade, a razão de ser. Cada um no seu quadrado.

4- Prática de jogos/esportes.

Se o seu filho não gostar de futebol, por exemplo, por ser muito sensível, encontre um lazer para vocês dois realizarem juntos. Mas só desista de levá-lo a esportes mais sociáveis e com toques físicos depois de o ter estimulado muito. Não mostre desaprovação logo de cara. Você, pai, precisa entender que, mesmo que não fale um A, seu filho está lendo todas as suas reações. Se você o rejeitar, ele pode pensar: "meu pai não me ama". E se seu filho gostar de videogame e você não? Vire-se! Vai ter que gostar por amor a ele!

5- Amizades

É preciso que seu filho se relacione com meninos da mesma idade. Você não precisa ficar o tempo todo em cima dele. Apenas esteja lá. Vigie. Caso acontecer alguma coisa, seu filho saberá que tem um pai que olha por ele. Desconfie quando seu filho for muito isolado. Isso pode ser um sinal de que algo vai mal no interior dele.

6- Distinção

É preciso que o pai explique ao filho que há brinquedos, brincadeiras, gestos etc. que são de menina e outros de menino. Jamais brigue com seu filho porque ele resolveu brincar com uma boneca ou fez uma dança afeminada. CALMAMENTE você vai explicá-lo que menino não faz isso. Nunca diga: esse menino vai ser bicha. Ou bata nele por causa disso, pode piorar e agravar a situação. Às vezes, ele repetirá o ato só para provocá-lo por causa dessa agressão. Para reforçar isso, tome banho com ele, mostre que os meninos têm pênis e as mulheres não. Diga que as diferenças entre os sexos são uma riqueza, um presente de Deus. Depois veja este vídeo que explica melhor esse ponto: https://www.youtube.com/watch?v=CKam3-HHkjs

Os próximos passos são dirigidos à mãe:

7- Afastamento

Como disse acima, a masculinidade se alcança, conquista-se. Portanto, a mãe precisa ficar em segundo plano quando o filho for do sexo masculino e evitar ser tão protetora. Por quê? Naturalmente, o menino já possui uma ligação muito forte com a mãe. E para ele ser homem de fato, precisará quebrar esse vínculo. Mães que superprotegem os filhos não deixam que estes possam se expressar livremente, sufocam-nos. É o que Robert Bly disse em João de Ferro: "Só homens podem iniciar homens, como só mulheres podem iniciar mulheres. As mulheres podem transformar o embrião em um menino, mas só os homens podem transformar o menino em um homem". Logo, a mãe JAMAIS suprirá o espaço do pai.

8- Reforço

A mãe terá um papel relevante para ajudar o pai nesse processo. Evite ser tão pegajosa com seu filho. Deixe que ele se aventure. Não fique o tempo inteiro atrás dele para evitar que tenha um arranhão. E se ele se ferir, não fique com muitos mimos. O menino é criado para o perigo. Não pode ficar numa redoma de cristal como uma boneca de porcelana. Desde os primórdios da civilização é o homem que se arrisca, que enfrenta os perigos, que luta contra os inimigos. Ele não é uma Barbie. É um Homem de Ferro, um Superman etc. Se o filho ficar muito agarrado a você, mãe, precisa se desligar dele, mesmo que isso lhe faça sofrer. Você precisa jogá-lo para o colo do seu pai. Não retê-lo consigo. Empurre-o para o pai. Faça com que ame o pai. E você deve ficar longe, não ausente.

9- Carinho

JAMAIS queira suprir a falta de afeto com seu marido no seu filho! Isso é muito importante! Não transfira para seu filho o que você não recebeu de um homem adulto. E quando discutir com seu marido, faça dentro do quarto. Não permita que seu filho veja as brigas. Ele não precisa participar de cenas negativas.

10- Pai ausente

E se uma mulher ler tudo o que foi exposto aqui e o marido não der bola? Achar que é besteira? Ou mesmo se o homem é emocionalmente frio, ausente, distante e não se importa com nada, nem mesmo com o filho? Ou se o homem está morto, sumiu do mapa, não ajuda etc. A mulher precisa encontrar um tio, avô que supra esse papel. E outra coisa: mulher JAMAIS fale mal do pai do seu filho perto deste. Isso só prejudica o desenvolvimento da masculinidade. Segure sua língua, reclame com os outros, não com seu filho. Ele só criará uma imagem negativa do pai que é o símbolo de ser homem mais próximo que possui.

Não tem tempo para isso? Prefere que seu filho sofra depois? Você que escolhe. Quem ama, encontra tempo. São atitudes simples que até o mais pobre pode fazer. Amar é de graça. Ajuda a quem dá e a quem recebe. Resumindo: Pai, jamais deixe a educação do seu filho só por conta da mãe. Se for uma menina, a situação se inverte. O pai precisa se afastar e a mulher se aproximar. Só que será muito mais fácil por causa desse vínculo natural desde o útero materno.

P. S.: No caso de mãe solteira/divorciada e que o filho é "órfão de pai vivo" como disse o Papa São João Paulo II certa vez, é dever da mãe encontrar uma referência masculina saudável para o menino (avô, tios, padrasto etc.) e aplicar esses conselhos a essa figura. Infelizmente, o divórcio ou a separação serão sempre uma chaga aberta no coração da família. Por isso Nosso Senhor proibiu que se desse carta de divórcio que Moisés admitira no passado por causa da "dureza de coração" dos judeus, pois "no princípio não era assim" (Mt 19, 8).

O texto foi elaborado a partir da seguinte bibliografia:
1. Homossexualidade - um guia de orientação para os pais (Joseph Nicolossi).
2. A luta pela normatização sexual (Gerard Van A.)
3. Prepare seus filhos para o futuro (João Mohanna).
4. Feito homem (Norah Vincent).

Obs. Os livros 1 e 2 são recomendados para abordar a homossexualidade sem maniqueísmos. Sugerimos também às pessoas católicas com atração pelo mesmo sexo que procurem o Apostolado Courage que lida com essas questões à luz da fé (www.couragebrasil.com).

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