segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O desafio tremendo de ser padre


Se um professor estuda, prepara-se e dá uma aula de 45 minutos, ele está trabalhando.
Se um padre estuda, prepara-se e prega uma homilia de 45 minutos, ELE NÃO TRABALHA.

Se um psicólogo atende e aconselha pessoas, ele está trabalhando.
Se um padre atende e aconselha pessoas, ELE NÃO TRABALHA.

Se um administrador se organiza, faz reforma, contrata mão de obra, e gerencia uma empresa, ele está trabalhado…
Se um padre se organiza, faz reforma, contrata mão de obra e gerencia uma igreja, ELE NÃO TRABALHA.

Se um contador faz os cálculos, economiza, equilibra as finanças e faz investimentos, ele está trabalhando…
Se um padre faz cálculos, economiza, equilibra as finanças e faz investimentos na igreja, ELE NÃO TRABALHA.

Se qualquer um desses tirar férias, é justo, afinal, eles trabalham…
Já um padre não pode tirar férias, não deve receber salário e não merece respeito. Afinal, ELE NÃO TRABALHA.

São Paulo refuta essa visão em uma pergunta: “se entre vós semeamos bens espirituais, será, porventura, demasiada exigência colhermos de vossos bens materiais?” (1Cor 9, 11). “O operário é digno de seu sustento” (1Tm 5, 18).

O padre, assim como seu Mestre (Jo 15, 20), é alvo das mais desencontradas opiniões e sinal de contradição no mundo.

Se o padre for empreendedor, porque, na verdade:
– É ambicioso!

Se for calmo:
– É preguiçoso!

Se o padre for exigente:
– É intolerante!

Se não exige:
– É displicente!

Se o padre visita:
– É incômodo!

Se não visita:
– É irresponsável com os fiéis.

Se o padre fica com os jovens:
– É imaturo!

Se fica com os adultos:
– É antiquado e ultrapassado!

Se fica com as crianças:
– É infantil! (até se recai a suspeita de pedófilo. Leia um excelente artigo a respeito da pedofilia no clero, clicando aqui).

Se procura atualizar-se
– É mundano!

Se não atualizar-se:
– É mente fechada!

Se o padre cuida da família:
– É descuidado com a Igreja.

Se o padre cuida da Igreja:
– É descuidado com a família.

Se não tem boa oratória:
– É despreparado.

Se tem boa oratória:
– É exibido!

Se procura agradar a todos:
– É sem personalidade.

Se é positivo e procura corrigir:
– É parcial.

Se o padre se veste bem:
– É vaidoso!

Se veste-se mal:
– É relaxado!

Se não sorri:
– É cara dura.

Se o padre sorri:
– É irreverente.

Se realiza programas novos:
– É que só quer viver de promoções.

Se não realiza:
– É que não tem ideias.

Se o padre é alegre:
– É sem postura.

Se chora no Altar:
– É emotivo.

Se o padre fala alto:
– É irritante.

Se fala baixo:
– É sem firmeza.

Se o padre celebrar a missa na rua:
– Está barateando o Evangelho.

Se só fica na igreja:
– É acomodado nas quatro paredes.

Se o padre está triste:
– É que perdeu a fé.

Se o padre fica doente:
– É porque está em pecado.

Ser padre é um tremendo desafio. Em primeiríssimo lugar, Nosso Senhor quem escolhe e chama (Jo 15, 6). E o homem responde (Mt 9, 13). O vocacionado não pode se esquecer que Aquele que chamou, é fiel e o cumprirá (1Ts 5,24), pois o “chamado e dons de Deus são irrevogáveis” (Rm 11, 29).

O pastor precisa das ovelhas tanto quanto as ovelhas do pastor. Seja compreensivo com o seu padre e reze por ele. Ofereça penitências pela conversão dele e pela sua. Não critique seus defeitos, tampouco murmure contra ele.


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